quinta-feira, 17 de novembro de 2011

REFLEXÃO ESTRATÉGICA

A Europa atravessa uma crise enorme sem solução à vista, completamente à mercê dos especuladores que controlam o mercado, sobretudo devido à incúria dos governos.
Portugal, considerando a sua fragilidade geográfica e sua dimensão (falta dela), e a incompetência dos sucessivos governos, conduziram o país à situação que todos presenciamos, não está melhor que os restantes países do velho continente.
Neste cenário, os países emergentes, denominados através da sigla BRIC , ou seja, o Brasil, a Rússia, a Índia, e a China, constituem a força motriz da economia mundial.
Se olharmos atentamente reparamos que apenas dois países deste núcleo têm línguas europeias, o Brasil e a Índia, respectivamente, o português e o inglês. Só o Brasil são 200 milhões de habitantes que falam a língua de Camões.
Questiono: Será estrategicamente aceitável que continuamos apenas de olhos virados para a Europa, ou será uma vantagem competitiva, olhar para o Atlântico e crescer para o Brasil, ajudando simultaneamente o Brasil a entrar na Europa?

sábado, 5 de novembro de 2011


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O Afinador de Pianos, escrito de forma simples, aumentando de intensidade à medida que a história se desenrola até não conseguir parar de ler.

Espanha, Portugal, Argentina, três guerras civis, a história de uma família.

Aconselho.


Terapia sob carris

O comboio realmente serve-me de terapia, sozinho, a sonhar, a pensar, a meditar, uma das vantagens deste meio de transporte.
Uns lêem, outros dormem, ouvem musica, conversam, ou simplesmente olham a paisagem no decorrer da viagem.
Mais barato e menos poluente que o automóvel, neste momento quentinho (lá fora chove), pontual, digamos um meio de transporte polivalente.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SANTA APOLÓNIA À RASQUINHA


Mais uma jornada de trabalho finda, uma manhã soalheira e tranquila de Segunda-feira deste último dia de Outubro de 2011, véspera da noite das bruxas e do dia de Todos os Santos.
Em silêncio, pensando e observando o borbulhar da cidade, repleta de turistas, espanhóis, franceses e outros europeus, enfim, Lisboa cada vez mais uma cidade cosmopolita.
Belém, Cais do Sodré, Praça do Comércio e finalmente Santa Apolónia, são 11H00, aflito para expulsar “águas”, dirigi-me ao wc o mais lesto que podia, e fico barrado por um pórtico e dois torniquetes, uma placa anunciando o pagamento de cinquenta cêntimos para aceder ao espaço dos aflitos.
Desta forma, se combate a crise de uma das entidades públicas que mais prejuízo dá ao Estado, a crise e incoerência de um Estado amorfo, onde o bom senso já não impera.
Pergunto, quanto custou o pórtico, os torniquetes e a montagem?
Daqui a quanto tempo o investimento terá pago?
Será que terá utilizadores?
Eu, por muito urgente que fosse o caso, e era, preferi pagar um café, e utilizar o wc do estabelecimento comercial ali logo ao lado.
Mais um acto de gestão que nos orgulha, ou nem por isso.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ACORDAR PARA O AMANHÃ



A escassez é um dado adquirido na nossa civilização, durante largos anos vivemos acima das nossas possibilidades, consumistas compulsivos, muito para além do rendimento produzido.
Para isso contribuiu taxas de juros atractivas, facilidade de crédito, um manancial sobejamente conhecido, carros novos, casa nova e para muitos segunda casa, férias no estrangeiro, na Páscoa, no Natal, no Verão, pontes, etc.
Atribuição de regalias para os funcionários públicos, algumas roçando mesmo a obscenidade, exemplos não faltam, e agora…o que fazer?
Nos próximos anos, o panorama é triste, acesso ao crédito limitado, desemprego, carga tributária elevada, menor rendimento disponível, simultaneamente exige-se mais trabalho, menos e melhor Estado.
Nesta perspectiva, com o endividamento do sector privado (famílias e empresas) e com o Estado a agonizar lentamente, de que vale reclamar, insurgir, lamentar, e pela praia fora!!
Lembro-me que os meus pais na década de 80, viviam com pouco, mas condignamente, felizes com as pequenas coisas, eu, ainda miúdo, frequentava a biblioteca itinerante da Gulbenkian, que uma vez por mês, fazia a felicidade dos rapazes e raparigas, com o descobrir dos livros.
Ainda hoje sou frequentador habitual de bibliotecas, existem em todo o lado, mas pouco concorridas, pois bem, não se pode viver futilmente, e em tempo de crise é uma boa forma de crescer sem gastar, de viajar através dos livros, habitando as histórias e os personagens. As crianças gostam de ouvir histórias, é uma forma da família se juntar, economicamente mais barato que ver televisão ou jogar playstation.
Bibliotecas, uma boa solução para a crise.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

37º Aniversário da Revolução do 25 de Abril de 1974



O inicio foi uma música
O final um cravo vermelho
Assim se fez a Revolução

25 de Abril

"Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E Livres habitamos a substância do tempo"

Sophia de Mello Breyner Andresen

"... e recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
E de um tempo justo"

Sophia de Mello Breyner Andresen


Com trabalho, competência, emoção e verdade.

Assim se cumpre Portugal

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O "clique" que faz a diferença


Durante o percurso escolar sempre abominei a Matemática, aquele monstro que me perseguiu do 5º ano ao 11º ano.
Depois de alguns professores e do insucesso contínuo de 6 anos, o clique que fez a diferença, um professor levou-me a encarar os exercícios com emoção, cada exercício era um obstáculo que me deixava emocionado quando atingia o resultado correcto, motivava-me para avançar e aprender mais.
A partir de então conclui com aproveitamento, Matemática do 10º, 11º e 12º ano, e vinte anos depois, recomecei a estudar e conclui Matemática I e II na Universidade em dois semestres sem faltas.
O segredo reside na emoção e dedicação com que empreendemos nas nossas tarefas, no trabalho constante.
A emoção motiva, assim na Matemática como na vida, basta procurar o "clique" que faz a diferença.

domingo, 10 de abril de 2011


Os Avieiros do Escaroupim

“ Incerto o pão na sua praia, só certa a morte no mar que os leva, eles partem. Da Vieira de
Leiria vêm ao Ribatejo. Aqui labutam, alguns voltam ainda, ávidos de saudade do seu mar.
Muitos ficam”
Alves Redol

Situado na margem sul do Tejo, a aldeia piscatória de Escaroupim, a escassos quilómetros de Salvaterra de Magos, imortalizada por Alves Redol, Os Avieiros, com antigas casas suspensas em pilares e pintadas com cores garridas.

Actualmente é um ponto de partida para visitar os mouchões ali existentes, pequenas ilhas no Rio Tejo.

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Regresso


Durante alguns anos participei em provas de atletismo, principalmente na minha juventude.
Resolvi regressar às corridas como "atleta de pelotão", dá-me prazer, dá-me saúde e é uma actividade salutar.

Desta forma começei na 8ª Corrida da ISCPSI/APAV, em Lisboa, no dia 27 de Março, numa bela manhã de Domingo, junto à zona ribeirinha de Lisboa.

Percorri os 10 Km em 47m 36 seg., mais importante foi chegar ao fim, embora com uma pequena lesão que espero curar rapidamente.

Próxima etapa, Grande Prémio Rui Silva, no Cartaxo no dia 30 de Abril de 2011.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Deolinda


Um grande grupo musical, sou fã.

"Parva que eu sou"

Uma canção emblemática da situação que vivemos hoje em Portugal, devia ser hino!!!

A letra da música:

Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração "casinha dos pais"
Se já tenho tudo, para quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração "vou queixar-me para quê?"
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou
Sou da geração "eu já não posso mais!"
Que esta situação dura há tempo de mais
E parva não sou
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar


Enfim, soberbo

JJ