sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ACORDAR PARA O AMANHÃ



A escassez é um dado adquirido na nossa civilização, durante largos anos vivemos acima das nossas possibilidades, consumistas compulsivos, muito para além do rendimento produzido.
Para isso contribuiu taxas de juros atractivas, facilidade de crédito, um manancial sobejamente conhecido, carros novos, casa nova e para muitos segunda casa, férias no estrangeiro, na Páscoa, no Natal, no Verão, pontes, etc.
Atribuição de regalias para os funcionários públicos, algumas roçando mesmo a obscenidade, exemplos não faltam, e agora…o que fazer?
Nos próximos anos, o panorama é triste, acesso ao crédito limitado, desemprego, carga tributária elevada, menor rendimento disponível, simultaneamente exige-se mais trabalho, menos e melhor Estado.
Nesta perspectiva, com o endividamento do sector privado (famílias e empresas) e com o Estado a agonizar lentamente, de que vale reclamar, insurgir, lamentar, e pela praia fora!!
Lembro-me que os meus pais na década de 80, viviam com pouco, mas condignamente, felizes com as pequenas coisas, eu, ainda miúdo, frequentava a biblioteca itinerante da Gulbenkian, que uma vez por mês, fazia a felicidade dos rapazes e raparigas, com o descobrir dos livros.
Ainda hoje sou frequentador habitual de bibliotecas, existem em todo o lado, mas pouco concorridas, pois bem, não se pode viver futilmente, e em tempo de crise é uma boa forma de crescer sem gastar, de viajar através dos livros, habitando as histórias e os personagens. As crianças gostam de ouvir histórias, é uma forma da família se juntar, economicamente mais barato que ver televisão ou jogar playstation.
Bibliotecas, uma boa solução para a crise.

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