A escassez é um dado adquirido na
nossa civilização, durante largos anos vivemos acima das nossas possibilidades,
consumistas compulsivos, muito para além do rendimento produzido.
Para isso contribuiu taxas de
juros atractivas, facilidade de crédito, um manancial sobejamente conhecido,
carros novos, casa nova e para muitos segunda casa, férias no estrangeiro, na
Páscoa, no Natal, no Verão, pontes, etc.
Atribuição de regalias para os
funcionários públicos, algumas roçando mesmo a obscenidade, exemplos não
faltam, e agora…o que fazer?
Nos próximos anos, o panorama é
triste, acesso ao crédito limitado, desemprego, carga tributária elevada, menor
rendimento disponível, simultaneamente exige-se mais trabalho, menos e melhor
Estado.
Nesta perspectiva, com o
endividamento do sector privado (famílias e empresas) e com o Estado a agonizar
lentamente, de que vale reclamar, insurgir, lamentar, e pela praia fora!!
Lembro-me que os meus pais na
década de 80, viviam com pouco, mas condignamente, felizes com as pequenas
coisas, eu, ainda miúdo, frequentava a biblioteca itinerante da Gulbenkian, que
uma vez por mês, fazia a felicidade dos rapazes e raparigas, com o descobrir
dos livros.
Ainda hoje sou frequentador
habitual de bibliotecas, existem em todo o lado, mas pouco concorridas, pois
bem, não se pode viver futilmente, e em tempo de crise é uma boa forma de
crescer sem gastar, de viajar através dos livros, habitando as histórias e os
personagens. As crianças gostam de ouvir histórias, é uma forma da família se
juntar, economicamente mais barato que ver televisão ou jogar playstation.
Bibliotecas, uma boa solução para
a crise.
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