Mais uma jornada de trabalho finda,
uma manhã soalheira e tranquila de Segunda-feira deste último dia de Outubro de
2011, véspera da noite das bruxas e do dia de Todos os Santos.
Em silêncio, pensando e
observando o borbulhar da cidade, repleta de turistas, espanhóis, franceses e
outros europeus, enfim, Lisboa cada vez mais uma cidade cosmopolita.
Belém, Cais do Sodré, Praça do Comércio
e finalmente Santa Apolónia, são 11H00, aflito para expulsar “águas”, dirigi-me
ao wc o mais lesto que podia, e fico barrado por um pórtico e dois torniquetes,
uma placa anunciando o pagamento de cinquenta cêntimos para aceder ao espaço
dos aflitos.
Desta forma, se combate a crise de
uma das entidades públicas que mais prejuízo dá ao Estado, a crise e
incoerência de um Estado amorfo, onde o bom senso já não impera.
Pergunto, quanto custou o
pórtico, os torniquetes e a montagem?
Daqui a quanto tempo o
investimento terá pago?
Será que terá utilizadores?
Eu, por muito urgente que fosse o
caso, e era, preferi pagar um café, e utilizar o wc do estabelecimento
comercial ali logo ao lado.
Mais um acto de gestão que nos
orgulha, ou nem por isso.